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Ah, os pôsteres dos The Doors… Não são apenas pedaços de papel, são ecos do caos, reflexos da alma em transe. Cada um carrega as cicatrizes de noites febris, de vozes cortando o silêncio, de Jim Morrison gritando para o infinito. E assim eles surgem, os cartazes dos shows, cada um uma janela para mundos perdidos e mundos por vir.

Imagine o trabalho de John Van Hamersveld, um feitiço gráfico lançado na escuridão, o cartaz de 1968 que grita em cores vibrantes, um caleidoscópio de psicodelia. Os olhos de Morrison quase te chamam para um passeio pelas terras desertas da mente, enquanto a guitarra de Robbie Krieger parece vibrar na própria imagem.

Depois, há os cartazes de cidades que nunca dormem, como Los Angeles e San Francisco, onde a banda reinou como xamãs do rock. Cada cidade, uma nova arte, cada artista, um novo ritual. Em New Orleans, o último show, o fim de uma era. O pôster daquele fatídico concerto de 1970 parece suspenso no tempo. Morrison, sem saber, despedia-se da multidão e da vida. O vento quente daquela noite ainda sopra através das linhas desenhadas.

Há versões raras, feitas para shows em Fillmore East, Hollywood Bowl ou até Copenhagen, onde o artista traduzia a energia crua e enigmática da banda em formas geométricas, rostos distorcidos, e cores que pareciam dançar ao ritmo da música. O artista era o médium e o pôster, um manifesto.

Cada pedaço de papel carrega mais do que tinta. Carrega o eco de uma banda que sabia que a liberdade era mais que uma palavra – era uma porta, sempre entreaberta, pronta para quem tivesse coragem de entrar.